Tales de Mileto e a Arché

Considera-se Tales de Mileto como o primeiro filósofo pelo seu pioneirismo no tocante as indagações sobre a Arché (origem de tudo).
Embora, tendo em mente a percepção de que todas as coisas existentes são perecíveis, Tales no entanto, buscava determinar o agente originário da existência, onde por conseguinte, não houvesse perecibilidade.

É a partir da busca por esse agente criador ingênito, que Tales observa um fato comum para a subsistência e preservação de tudo o que há no mundo – a umidade.

Sabendo que todas as coisas que existem são plenamente dependentes da água para a sua permanência, Tales conclui que ela mesma – a água – é tal agente criador imperecível.

Outro ponto que influencia essa conclusão é fato da terra subsistir sobre a água, sendo está também em maior volume em comparação à porção seca.

É como se, de alguma forma, a água fosse a responsável pela formação seca – como se dos oceanos emanassem (gerassem como um madre) as partes que hoje formam os chamados continentes.

Tal ponto referido acima é de tamanha credibilidade, tendo a sua provável comprovação temporal, na medida em que mesmo havendo partes extremamente secas e áridas (como os desertos, por exemplo) a terra, inda sim, preserva elementos úmidos originários da água (mater) – os cactos que subsistem no deserto, preservam em si a água necessária para a sua preservação.

Ou seja, Onde há água há existência – Eis portanto a origem (Arché) de todas as coisa.

© Raphael Kaiet
Graduando em Filosofia (Bacharelado) - Universidade Católica de Brasília